Adoração do demônio: sacrifícios humanos
Culto idolátrico do espírito das trevas
A credulidade indisciplinada, soltando o freio da fantasia no campo duplamente misterioso das forças sobre-humanas e do mal, adultera o conceito de Satanás — inimigo de Deus e dos justos, porém mera criatura limitada — para fazer dele uma espécie de divindade malfazeja, a que se deve servir e agradar no interesse pessoal.
De onde, alguns ritos, como na macumba, umbanda e candomblé, se fazerem ofertas de alimentos e sacrifícios de animais para aplacar o diabo e tomá-lo propício a quem recorre a ele.
Essa postura pode levar, e muitas vezes leva, o supersticioso a fazer uma autêntica substituição de Deus pelo demônio e a realizar paródias blasfemas do culto divino como nas Missas negras. Chega-se então ao satanismo pleno, que se caracteriza pela vontade de praticar o mal, pelo ódio ativo, em nome da liberdade absoluta, que investe contra toda lei religiosa e moral. Esse ódio não é explicável pela psicologia humana, participando do mistério do mal, do “mistério da iniquidade", de que fala São Paulo (cf. 2 Tes 2, 7).
E assim se passa do pacto implícito ao pacto explícito com o demônio, e se chega ao culto idolátrico do espírito das trevas, invocado às vezes sob nomes bárbaros corno orixás, xangôs, exús e outros, sobretudo nos ritos da macumba, da umbanda, do candomblé, e nas práticas de magia em geral.
O sacrifício: ato de culto de adoração
De acordo com a doutrina católica, só se pode oferecer sacrifícios a Deus, por se tratar de ato essencial do culto de adoração, pelo qual reconhecemos o poder absoluto que o Criador tem sobre nós. Todo sacrifício oferecido a outrem que não a Deus reveste-se de um caráter idolátrico, pecado gravíssimo de lesa-majestade divina.
O sacrifício consiste no oferecimento e na imolação de uma vítima (sacrifício propriamente dito) ou no oferecimento e entrega de um bem em honra da divindade (sacrifício impropriamente dito), com a finalidade de proclamar que Deus é o Senhor de todas as coisas e que nós não ternos nada de próprio, mas tudo pertence a Ele.
Por causa do pecado, nós mesmos é que deveríamos ser imolados a Deus; mas o Criador não permite a imolação cruenta do próprio homem, corno faziam as religiões pagãs (cf. Lev 18, 21; 20, 1-5; Deut 12, 31; 18, 9ss).* Assim, não pode haver um sacrifício de imolação cruenta de seres humanos. Não podendo fazer a imolação de nossa vida a Deus, imolamos nossa vontade, que é no que consiste o sacrifício interno. O sacrafício externo consiste no ato de oferecimento de uma vítima ou de uma coisa a Deus, e deve ser apenas um sinal do sacrifício interno, do oferecimento de nós mesmos.
*Quando alguns judeus, no Antigo Testamento, por imitação dos povos pagãos vizinhos imolaram vítimas humanas (cf. 1 Reis 16,34), Deus, por meio dos Profetas proferiu severas condenações a esses atos (cf. Jos 6, 26; SI 105, 37ss; Miq 6, 7; Jer 7, 31; 19,5; 32, 35; Ez 16, 2Oss; 20, 26).
Sacrifícios humanos
O demônio, em sua soberba demencial, quer se pôr no lugar de Deus e ser adorado: “Tudo isto eu te darei se, prostrado, me adorares" (Jo 6, 9), ousou ele dizer ao próprio Salvador, oferecendo-lhe os reinos deste mundo E este é o convite que ele faz aos homens, sobretudo aos que o procuram: “Adorem-me que eu lhes darei tudo!"
"Homicida desde o princípio" como o caracterizou Nosso Senhor (Jo 8, 44), o demônio não se satisfaz apenas com as oferendas de animais, alimentos, velas, cachaça, etc., segundo se pratica correntemente nos cultos de macumba. Sempre que pode, ele exige sacrifícios humanos. Isto não é algo que se tenha dado apenas na Antiguidade, ou entre os povos bárbaros, mas ocorre ainda em nossos dias. E entre nós, conforme veremos adiante.
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1 comentários
deus não quer sacrificios,oferendas.....quer que voce desenvolva o raciocínio, deixando de ser uma nimal inconsciente...
ResponderExcluirestude a http://culturaracional.com.br