Breve explicação do Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem – Segunda Parte
Na segunda parte São Luis expõe as verdades fundamentais da devoção a Santíssima Virgem, explicando que esta devoção não é algo sentimental e vão, se não algo profundamente concreto na doutrina católica.
Na terceira parte faz uma comparação entre as falsas devoções a Maria, e os sinais da Verdadeira Devoção. Como São Luis vivia em uma época na qual o jansenismo assolava o catolicismo, ele vai expondo como se deve rejeitar aquela falsa devoção que era ensinada por aqueles heréticos de seu tempo. Depois de 300 anos, no entanto, descobrimos que este escrito segue bem atualizado, pois vemos no meio católico todas àquelas falsas devoções descritas pelo santo. E para terminar esta primeira parte do livro, o autor põe seus desejos e algumas visões místicas. Seus desejos consistem em fazer do Tratado algo público, acessível a todas as pessoas desejosas de santidade, pois sabe que ao ser conhecido será de grande ajuda espiritual para todas as pessoas; dai o desejo que o livro seja conhecido por todos os batizados. Suas visões, por outro lado, são muito interessantes, já que muito antes do desaparecimento do livro São Luis profetisa que o demônio queria destruí-lo, mas Deus não permitiria. O ódio do maligno sobre o livro levará a escondê-lo, pois sabe que si tornar-se conhecido seria uma grande ruína para o seu reino, pois aqueles que conhecerem verdadeiramente a devoção a Virgem Maria serão grandes santos e seus inimigos.
Agora começa o segundo bloco do escrito, onde São Luis, com toda diligencia, com palavras acertadas e com ânsia de que as almas conheçam o escrito, expõe de maneira simples, porém profunda os fundamentos da Escravidão Mariana.
Podemos dividir este segundo bloco em cinco partes. Na primeira o santo expõe a natureza da Consagração, que esta baseada na renovação das promessas batismais e na nossa total entrega a Jesus pelas mãos de Maria. O batismo é o primeiro e principal voto que fazemos em nossa vida, pois com ele começa nossa vida espiritual, nossa vida de filhos de Deus. No batismo prometemos renunciar ao mundo, ao demônio e ao pecado, e prometemos ser fieis a Deus professando o credo. Na Consagração renovamos esta mesma fórmula, mas de uma maneira diferente: agora com a ajuda da Virgem Maria, entregamos tudo a ela, nosso corpo com seus membros, nossa alma com suas potencias, nossos bens exteriores (bens materiais) e para totalizar a entrega, nosso bens interiores e espirituais, ou seja, os dons, virtudes e graças, que são nosso tesouro espiritual. Tudo entregamos a Virgem Maria, para que assim ela possa cuidar daquilo que somos e temos. Por isso Total Consagração, tudo entregamos.
Depois de exposta a natureza da Total Consagração, o santo expõe os motivos pelos quais devemos fazer esta Consagração: fala de suas vantagens, tanto para a maior glória de Deus, como para a santidade pessoal e ajuda espiritual ao próximo. Explica também que esta Consagração não é nova, pois não é algo inventado por ele, se não que depois de estudar, compreender e ver na prática em suas missões a grande utilidade da Consagração para as almas dedica-se a escrever o livro porque compreende que desde muitos anos na Igreja, esta Consagração esteve muito escondida e necessitava ser conhecida e vivida pelos frutos obtidos na vida de outros muitos, desde muitos séculos.
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